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Colete 3D tipo Rigo Chêneau para escoliose idiopática do adolescente: maior correção no colete e menores taxas de progressão da curva

Novo Estudo na Spine Deformity


Pergunta do Estudo:

Como o colete 3D tipo Rigo Chêneau(RCSO), endereçado à correção tridimensional se compara ao colete toracolombo-sacro tradicional (TLSO) em termos de progressão da curva e necessidade de cirurgia em adolescentes com escoliose idiopática (AIS)?


Metodologia:

Estudo retrospectivo de coorte em uma única instituição (2009-2016).

Incluídos 89 pacientes (47 com RCSO e 42 com TLSO), 66 meninas, 23 meninos; média de idade 13,0 ± 1,4 anos.


Curva inicial média:

31° ± 6°.e sem tratamento prévio para escoliose.

Acompanhados até a maturidade esquelética (escore de Sanders) ou a indicação de cirurgia de fusão vertebral .


Medidas de desfecho:

% de correção na radiografia com o colete , progressão do ângulo de Cobb >5° e >10°, e indicação/cirurgia. Análise univariada (teste qui-quadrado/t de Student) e regressão logística, com alfa de 0,05 para significância estatística.



Resultados Principais:

  • Curva inicial menor no grupo TLSO (30° vs. 33° no RCSO; p=0,021).

  • Correção em radiografia com o colete superior no RCSO (48% vs. 22% no TLSO; p<0,001), com 81% dos pacientes RCSO alcançando ≥30% de correção (vs. 38% no TLSO; p<0,001).

  • Progressão >5°: 30% no RCSO vs. 55% no TLSO (p=0,017).

  • Progressão >10°: 13% no RCSO vs. 43% no TLSO (p=0,001).

  • Risco de cirurgia similar (30-31%; p=0,905), mas risco predito basal de progressão ≥45° menor no TLSO (49,1% vs. 61,5% no RCSO; p=0,079).

  • Os pacientes foram acompanhados em média por 3,4 ± 1,7 anos.


Conclusão:

O RCSO proporciona maior correção no colete e menores chances de progressão da curva em comparação ao TLSO, sugerindo benefícios da correção tridimensional para o manejo conservador da AIS. Esses achados reforçam a necessidade de mais estudos prospectivos para otimizar o uso de coletes personalizados.


Para profissionais e famílias:

Essa evidência pode guiar decisões sobre coletes, priorizando opções 3D para curvas moderadas. Recomendamos avaliar o escore Sanders (maturidade esquelética) para personalizar o tratamento e avaliar a correção da curva na radiografia com o colete – esse acompanhamento pode reduzir progressão em até 30%!



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Conteúdo Autoral desenvolvido pela

Ft. Patrícia Baracat






REFERÊNCIA: Bonsignore-Opp et al. (2025). Spine Deformity. DOI: 10.1007/s43390-025-01153-5.

 
 
 

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