A importância da atividade física na Infância e adolescência
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 60 minutos diários de atividade física moderada a vigorosa para crianças e adolescentes. No entanto, estudos indicam que 81% dos adolescentes entre 11 e 17 anos são fisicamente inativos. A prática regular de exercícios melhora a densidade óssea, equilíbrio, cognição e habilidades motoras, além de contribuir para o bem-estar emocional e a qualidade de vida.
Atividade Física e Escoliose Idiopática do Adolescente
A atividade física é positivamente associada com a saúde mental como a auto imagem, satisfação com a vida e bem estar. A EIA afeta a aparência e a forma corporal dos pacientes, pode levar a dor lombar e em casos graves diminui a função cardiopulmonar, afetando gravemente a saúde física e mental e a qualidade de vida dos pacientes. Pacientes com escoliose geralmente apresentam baixa massa óssea sistêmica, baixo índice de massa corporal e menor densidade mineral óssea, que está associado a gravidade da curva. A atividade física desempenha um papel importante no crescimento e desenvolvimento dos adolescentes, melhorando a sua densidade mineral óssea, equilíbrio, função vestibular, cognição e habilidades executivas. Durante a infância e adolescência, é necessário praticar atividades físicas com suporte de peso, como correr e saltar para manter uma densidade mineral saudável. Atividades em ambientes externos tem maior probabilidade de absorção de vitamina D e cálcio em adolescentes, o que pode ajudar no manejo da EIA.
Objetivos do estudo:
Foi realizada uma pesquisa sistematizada de artigos originais de periódicos de pesquisa revisado por pares publicados em inglês antes de julho de 2022 em bases de dados científicos. O objetivo do estudo foi sintetizar as evidências atuais e resumir a associação entre a incidência da escoliose idiopática do adolescente e atividade física e avaliar se essa associação é dose dependente, fornecendo uma base científica para a prevenção da EIA.
Quais foram os principais resultados encontrados?
Oito estudos foram incluídos nesta revisão, dos quais seis relataram associação entre EIA e níveis de atividade física e dois não relataram associação.
Fatores protetores: Exercícios semanais regulares que envolvem impacto, como corrida, saltos, atividades de patinação, karatê e atividades esportivas com bola, como futebol, podem melhorar o controle neuromotor e a estabilidade do tronco e da pelve, reduzindo o risco de escoliose.
Fatores de risco: Atividades como balé clássico, dança, ginástica artística e natação apresentam uma associação negativa, ou seja, a exposição intensa a essas modalidades pode aumentar a probabilidade de desenvolver escoliose.
· A redução da atividade física no início da vida também é um novo fator de risco para o aparecimento da escoliose.
Intensidade ideal: A revisão de estudos indicou que a atividade física de intensidade moderada é a mais benéfica para a prevenção da escoliose, enquanto níveis muito altos ou baixos de atividade estão associados a maior incidência da condição.
Conclusão
A atividade física desempenha um papel fundamental na saúde dos adolescentes e pode contribuir para a prevenção da escoliose. O incentivo a exercícios regulares e diversificados é essencial, sempre respeitando os limites e as necessidades individuais de cada jovem. Estudos adicionais são necessários para esclarecer a relação dose-dependente entre atividade física e escoliose idiopática do adolescente.
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Referência:
https://bmcmusculoskeletdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12891-023-07114-1 Qi X, Peng C, Fu P, Zhu A, Jiao W. Correlation between physical activity and adolescent idiopathic scoliosis: a systematic review. BMC Musculoskelet Disord. 2023 Dec 19;24(1):978. doi: 10.1186/s12891-023-07114-1. PMID: 38115016; PMCID: PMC10729348.
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